Prefeito decreta emergência e cita risco de "caos econômico" em cidade do agro de MT

 



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Prefeito decreta emergência e cita risco de "caos econômico" em cidade do agro de MT

ALEXANDRA LOPES/FOLHA MAX

18 de Dezembro de 2023 as 15:36

 

A falta de chuva em Canarana (649 km de Cuiabá) levou o prefeito Fábio Faria (UB) a decretar situação de emergência no município. O decreto, número nº 3470/2023, foi anunciado na última quinta-feira (14) e terá validade de 90 dias, podendo ser prorrogado.

De acordo com o prefeito, as chuvas irregulares têm reduzido significativamente a média mensal de volume hídrico, causando danos nas áreas de agricultura familiar, agropecuária e nas propriedades rurais. A medida foi embasada em relatório técnico produzido pela Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e também levou em consideração um pedido de 42 produtores da região.

O documento destaca que, no dia 11 de dezembro,  produtores rurais da cidade se reuniram no Sindicato Rural de Canarana para discutir e cobrar a adoção de medidas diante da seca que está afetando as lavouras. A decisão do prefeito Fávio Faria também faz referência a um relatório da Estiagem Empaer, que destaca a continuidade da seca e seus efeitos negativos na agricultura de Canarana.

Segundo a Empaer, cerca de 90% das propriedades foram afetadas pela estiagem, além de famílias que estão enfrentando dificuldades no acesso à água. Os setores mais prejudicados incluem a cultura de soja, horticultura, fruticultura, pecuária e apicultura.

O estudo também indica que há uma perda significativa na colheita da soja, resultando em prejuízos bilionários diretamente para os produtores e, consequentemente, para a economia municipal, com um impacto negativo no PIB. Os efeitos da estiagem, conforme relatório da Empaer, geram ainda os seguintes impactos indiretos: redução nas vendas do comércio no município, diminuição no consumo de combustíveis, redução no transporte de cargas/fretes de produtos agropecuários, queda na arrecadação de impostos estaduais e municipais, aumento dos custos de produção,  redução de empregos no meio rural, diminiução de trabalho para prestadores de serviços de colheita e armazenagem, menor exportação de soja e outros produtos agropecuários e de serviços portuários.

Em outro trecho, o relatório segue elecando mais dificuldades que podem ser enfrentados pelos produtores do município como "problemas para pagamento de financiamentos bancários, arrendamentos e a fornecedores de insumos, maquinário, combustível". Cita ainda necessidade de refinanciamentos com prazos adequados para poder plantar a próxima safra e renegociação de dívidas de empresas privadas.











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